MULHER SEM FIM | 2017-2018
SINOPSE
A performer conta que, num museu, encontra um quadro com uma mulher igualzinha a ela, que olha para um outro quadro, com outra mulher idêntica a ela ad infinitum. Constituído por pequenos fragmentos narrativos, falados e cantados em diversos idiomas, o trabalho suscita olhares, imagens e discussões acerca do gênero feminino como agregado de convenções, memórias e estereótipos. A peça transita entre dança, teatro, música e performance para edificar um corpo constantemente trespassado por ecos de mulheres presentes nas memórias de diversas culturas. De Madame Bovary a Lady Macbeth, passando por Carmen Miranda, o trabalho traça uma dramaturgia da transformação corpórea de uma performer que desenha e apaga sua própria condição de gênero, por meio de citações de outras mulheres. Como definiu o crítico boliviano Mijail Zapata, “corpo e feminismo são os dois materiais que formam o canto de ‘Mulher Sem Fim’”.
FICHA TÉCNICA
Texto, Criação e Performance: Andréia Nhur
Colaboradores: Janice Vieira, Paola Bertolini e Roberto Gill Camargo
Iluminação: Roberto Gill Camargo
Produção, Fotos e Operação de Luz: Paola Bertolini
Danças com a Mãe
Grupo Pró-Posição
PEÇAS FÁCEIS | 2017
SINOPSE
Quinto trabalho da parceria cênica entre a premiada artista Janice Vieira (80 anos) e sua filha, Andréia Nhur, Peças Fáceis resulta do projeto de criação colaborativa Peças Fáceis-Plataforma Sonorocoreográfica. O trabalho propõe um estudo de dança e música a partir de músicas barrocas de Bach e Petzold. Nesta criação, mãe e filha dançam, cantam e tocam instrumentos numa proposta que nomeiam como “sonorocoreografia”. A partir de memórias musicas comuns, movimentos e sons são produzidos na mesma dimensão temporal, ora por um disparo de voz que é gesto dançado, ora por uma propulsão de instrumento que é corpo.
"Peças Fáceis verticaliza, na trajetória do Grupo Pro-Posição,
os estudos sobre memória e gesto (de dança e de música), levando-os
da escala da história para a da cultura e, ao mesmo tempo, evidencia,
na dança de Andreia e Janice, uma polifonia temperada com humor e leveza.
Agora, essa dança regurgita as referências abocanhadas,
tecendo-se em um barroquismo de preciosidades."
HELENA KATZ | 2017
FICHA TÉCNICA
Concepção, Coreografia, Criação Musical e Performance: Janice Vieira e Andréia Nhur
Artistas Colaboradores: Helena Bastos (Colaboração Coreográfica), Roberto Gill Camargo (Colaboração Dramatúrgica) e Andrea Drigo (Colaboração Vocal e Musical)
Desenho de Luz: Roberto Gill Camargo
Produção e Fotos: Paola Bertolini
Arte Gráfica: André Bertolini
VIS-À-VIS | 2012
SINOPSE
“VIS-À-VIS” é uma expressão francesa, que significa frente a frente. Terceiro trabalho da parceria entre Andréia Nhur e Janice Vieira, “Vis-à-Vis” dá continuidade à proposta de reativação do Grupo Pró-Posição (1973-1983). Produzido entre França (2011) e Brasil (2012), o trabalho conta com a colaboração da pesquisadora francesa Isabelle Launay (Université de Paris 8; Centre National de Danse Contemporaine d’Angers). Nesta criação, mãe e filha bailarinas, emergentes de contextos políticos e culturais distintos, conflitam suas memórias e perspectivas de arte. A mãe viveu e dançou, de maneira engajada, os anos 60/70 no Brasil; a filha nasceu na década de 1980, quando o combate radical saía de cena para dar lugar ao radicalchic. As conversas que daí surgem colocam frente a frente não só dois corpos de idades e movimentações diferentes, mas também as ideologias, os sonhos e as ações.
FICHA TÉCNICA
Criação e Interpretação: Andréia Nhur e Janice Vieira
Colaboração: Isabelle Launay (França)
Criação Musical: Janice Vieira
Iluminação: Roberto Gill Camargo
Produção: Paola Bertolini
Assessoria de Imprensa: Lu Cassas & Lica Nielsen
Fotos: Inês Correa
Duração: 45min
LINHAGENS | 2009
SINOPSE
Nesta obra, mãe e filha bailarinas trocam experiências e conflitam as histórias de seus corpos. O título é uma dupla referência às linhagens da cultura e ao gene biológico que une mãe e filha. Da analogia do gene do corpo, aborda-se o gene da cultura, aquele que faz uma informação passar de uma geração a outra e se modificar, até produzir outros significados. O “cisne” é a metáfora que carrega os jogos temporais propostos pelos corpos. Nos anos 50, a mãe (Janice Vieira) recebeu uma transcrição de A morte do cisne de Michel Fokine, através de sua professora russa, Maria Olenewa (que aprendera a coreografia com Anna Pavlova, no início do século XX). Nos anos 1970, Janice Vieira se apropria do movimento do cisne de Fokine, mistura-o a um passo de Charleston e propõe uma dança deslizada, com os pés no chão. Em LinhaGens, a filha (Andréia Nhur) tenta decifrar a transcrição da coreografia e dança um cisne com passos de backslides.
FICHA TÉCNICA
Criação e Performance: Janice Vieira e Andréia Nhur
Composição e Execução de Trilha Sonora Original: Janice Vieira
Light Design: Roberto Gill Camargo
Colaboração Artística: Helena Bastos
Fotos: Lenise Pinheiro e Inês Correa
Produção: Paola Bertolini
Duração: 45 Min
Grupo Katharsis
LE MONDE | 2019
SINOPSE
Resultado do Projeto Teatralidades Líquidas (Lei de Incentivo à Cultura-2018), o trabalho comemora, em 2020, os 15 anos de pesquisa continuada do Grupo Katharsis Teatro a partir de dramaturgias autorais guiadas pela ideia de coevolução entre corpo, luz e som. Sob direção de Roberto Gill Camargo, o grupo tem desenvolvido espetáculos experimentais premiados (Prêmio CPT-2009, Finalista ao APCA-2015, entre outros), e tem se apresentado em festivais nacionais e internacionais (Brasil, Portugal, Bélgica e Bolívia).
Em Le Monde, a tônica recai sobre os processos de controle que aprisionam as diferenças individuais em função única e exclusivamente do capital. Fala-se de um poder que disciplina e encarcera os corpos, mas não as ideias, que fluem incontrolavelmente pelas fissuras. Enquanto as máquinas processam as conexões, há um planeta irrespirável, que se deteriora sem perspectivas quanto ao futuro da biosfera; dentro dele um sujeito que não se preocupa mais com a disciplina porque o que passa a valer é o controle dos mapas, das senhas, das câmeras de segurança, dos micropoderes instalados por todas as partes e centralizados no capital.
FICHA TÉCNICA
Produção e Direção: Roberto Gill Camargo
Criação: Grupo Katharsis
Elenco: Ademir Feliziani Andréia Nhur Lucas Donizeti Paola Bertolini
Músicos: Janice Vieira (acordeon) Denni Pontes (percussão)
Provocador Cênico: Renato Ferracini
Pesquisa Corpovocal: Andréia Nhur
Arte Gráfica: André Bertolini
Fotos: Allysson Paes e Paola Bertolini
Apoio: Lei de Incentivo à Cultura de Sorocaba - 2018/2019
AS ESTRELAS SÃO PARA SEMPRE? | 2012
SINOPSE
As Estrelas são para Sempre? apresenta vários personagens anônimos que falam línguas diferentes e habitam espaço e tempo sem referência, que só existem enquanto dura a percepção do espectador. Numa estrutura rapsódica, figuras aparecem e desaparecem, criando uma narrativa não-linear sobre a infância, a velhice e a (in)finitude das coisas. O espetáculo é centrado no trabalho de atuação e na confluência de linguagens (teatro, dança, mimo, clown, música e luz), com cenas de humor e lirismo, acessíveis a públicos de todas as idades. O espetáculo foi indicado ao Prêmio APCA, na categoria de melhor atriz em 2015, além de ter recebido prêmios de melhor atriz no FITUB (Festival de Blumenau, 2013), no FESTE (Festival de Pindamonhangaba, 2015) e indicações em diversas categorias (melhor elenco, direção, figurino e sonoplastia).
FICHA TÉCNICA
Elenco: Andréia Nhur, Ademir Feliziani, Paola Bertolini, Lucas Donizetti
Músicos: Janice Vieira (Acordeon) e Deni Pontes(Percussão)
Direção e Iluminação: Roberto Gill Camargo
Preparação Corporal e Vocal: Andréia Nhur
Figurinos: Janice Vieira
Dramaturgia: Andréia Nhur e Roberto Gill Camargo